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12 March 2019
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PREVENDO TENDÊNCIAS

Por KIKA SAMBLÁS -

Embora no momento atual seja difícil prever, comento quatro tendências claras que observamos em nosso mercado:

1- As empresas estão saturadas em sua lista de " to do’s". Precisam trabalhar em muitas áreas, além de publicidade, relacionadas à transformação de seus negócios. Entre todos, destacaria três: o modelo de experiência do usuário, o modelo de marketing e vendas e a tecnologia que irá operar. Todas representam um grande desafio para as empresas, e já vimos em 2018 grandes movimentos nesse sentido.

2- A crescente importância do Diretor de Marketing nas organizações. Depois da crise, vimos a redução de seus orçamentos porque eram vistos como despesas e não como geradores de receita, onde muitos CFO´s estavam liderando empresas com o único propósito de eficiência. Agora chegamos a uma época em que os Diretores de Marketing devem retornar aos Comitês de Gestão no mais alto nível. Em um universo onde as empresas aspiram para estarem centradas no usuário, uma das figuras mais importantes da organização é aquela que tem sempre estudado, analisado e se conectando com o usuário, essa é a área do Marketing. Isso se, em uma organização evoluída em que o famoso CMO tenha capacidade de dados, tecnologia, vendas e canais trabalhando em time.

3- Percebemos que algumas marcas estão perdendo o foco da marca. Em um ambiente como o atual, é essencial realizar campanhas de conversão. Deve vender-se de forma inteligente para que o custo seja o mais eficiente possível, mas não podemos esquecer da necessidade de se fazer marca. Caso contrário, em um curto espaço de tempo (quando as marcas operam no ambiente digital, de forma integrada e semelhante em cada categoria), os usuários terão esquecido e a recuperação será muito cara. Por outro lado, existem as empresas tecnológicas, onde uma vez que sua operação funcione em métricas de captação e conversão, elas precisam fazer TV e grandes mídias convencionais que reforcem o valor de sua essência e seu crescimento. Vemos claramente em empresas como Amazon, Netflix, Apple ou Wallapop e seguiremos vendo de forma crescente.

4- Do ponto de vista publicitário, as marcas precisam se conectar com a sociedade e, portanto, oferecer um ponto de vista além de seu produto ou serviço. Os mais avançados já estão fazendo isso. Nike com sua campanha Kolin Kaepernick é um bom exemplo; ou Campofrío ou a muito discutida Campanha Gillette. Isso implica que as empresas se posicionam e sejam corajosas, sabendo que vão parar de conectar, ou até mesmo enfrentar consumidores que não pensem como elas. Mas este é o jogo do futuro e quem ficar em um lugar comum perderá relevância.

@kikasamblas

Publicado em NEWSLETTER #1 / 2019

Submitted by:
Kika Samblás
Managing Director